Destaque_ Filme_Avatar

Filme: Avatar Director: James Cameron Estreia em portugal: 17-12-2009 Género: Acção/Aventura/Ficção Científica Estúdio: 20th Century Fox Website: www.avatarmovie.com Entre os actores principais: Sigourney Weaver Michelle Rodriguez Filme em 3D que marca o regresso de James Cameron.

16 agosto 2007

...mudar...

Foto de: Activity 4Life

A infelicidade existe, rodeia-nos e circunda-nos, é algo que por si só existe de modo natural, e espontâneo, está implícito na própria pessoa, mas de certa forma é algo que nós com o nosso pensamento, com a nossa atitude e o nosso comportamento perante a vida de algum modo lentamente a vamos atraindo.
Assim a atitude mais fácil é entregar-nos e deixar-nos levar pelo que nos rodeia, pelo óbvio, pelos factos, mas será este o caminho que nos leva a sentir que fazemos parte de um todo, que fazemos parte de algo e contribuímos de algum modo para nós mesmos e para o que nos rodeia?
Sei que muitos não concordam o que vou dizer, mas cabe a cada um de nós o sair desse estado inebriante e vicioso que nos faz sentir como vítimas e pessoas que não tem culpa de nada.
De algum modo para tal ter acontecido, significa que cada um de nós foi culpado de não ter feito nada para quebrar a inércia e dar o passo de libertação desse “jogo” que se usa culpando os outros quando nós somos os próprios culpados da situação em que estamos e criámos.
Sair dela não é fácil, exigências, agruras e muito trabalho surgem no horizonte mas são elas que de algum modo vão contribuir para que a infelicidade comece a decadência e a felicidade comece a ascender, são elas que de algum modo começam a marcar a mudança da nossa posição do modo como encaramos a vida, e assim o optimismo de algum modo começa a surgir e o péssimos entra em regressão.
Não é uma fórmula nem pretendo que seja tal, é apenas uma pequena divagação do modo de encarar a vida, a felicidade/infelicidade…e de acreditar em nós próprios e dar valor a nós próprios.


“Há pessoas que são infelizes por natureza. Queixam-se de tudo e de todos.” In Book “ Um Grito de Revolta 30 anos Depois” de Maria Leonarda Tavares

10 junho 2007

…não sabemos para que sobrevivemos…

Foto de: imagem da net


Uma coisa, depois outra, a seguir mais outra e lentamente estou sem saber para que lado me virar, a calma tem de se manter. Até onde vai a calma? Até onde vai o ritmo acelerado que me circunda?
Um acontecimento, mais outro e ainda mais outro, …
Passa um dia, mais outro e com ele tudo volta a rodar e a circular, tudo volta a entrar no encadeamento normal, até que algo de novo surja e volte a quebrar a “rotina”.
O que torna o que nos circunda numa rotina?
O hábito de fazer o mesmo sempre da mesma forma, do mesmo modo, à mesma hora?
Ou
Será também o cansaço que ao longo do tempo se vai instalando no corpo, na mente, em nós e desse modo se torna “amiga” de todo o nosso ser físico e do nosso ser mente.
“Rotina” palavra que para uns é a segurança, para outros o stress.
Mas, … todos nós de algum modo caímos em rotinas, rituais dos quais alguns não passamos sem eles, outros não nos apercebemos, e outros pertencem ao grupo que fazemos todo o esforço para as quebrar.
De algum modo as rotinas fazem parte do nosso quotidiano e da nossa vivência do nosso bem-estar (ou mal-estar) sem elas a nossa capacidade de algum modo seria quebrada ou mesmo cortada. Imagino um acordar sem a rotina habitual…
Assim todos de algum modo nos esforçamos para atingir um fim por cada um de nós pensado e imaginado, usamos as rotinas e rituais para atingir esse mesmo fim, pelo meio vamos esquecendo as razões e assim pudemos chegar ao ponto em que não se sabe por que estamos numa rotina.
Esquecemos o que nunca devíamos esquecer…. O que nos levou a a esforçar para atingir um fim….


… /…

“Trabalhar para atingir um estilo de vida confortável, um modo mais confortável de sobreviver, foi um objectivo que foi ganhando força, até se tornar num fim em si próprio e a nossa razão de viver; entretanto, fomos metódica e gradualmente esquecendo a nossa pergunta inicial. Esquecemo-nos de que ainda não sabemos para que sobrevivemos.” In “Profecia Celestina” James Redfield

…/…
(Vou-me ausentar por umas semanas, não por trabalho mas porque a palavra férias surge no horizonte. Problemas com o blogger obrigaram-me no atraso do post)


30 maio 2007

"meme"

Tenho andado um pouco afastada das lides bloguísticas por razões indirectas de trabalho que de algum modo se vão reflectir aqui.
Assim é com algum atraso que vou responder ao
“meme” que a era uma vez um girassol me deixou como desafio.

… //…

Foto de: Adriano da Costa


… feliz é aquele que saboreia o momento, apreciou o que ficou para trás e olha o futuro com esperança no mau momento que lhe assola, e dele tira saber, proveito e lição de vida …

Cumpre-me agora a parte de passar o desafio a seis blogues/seis bloguistas …
Tenho vários a quem poderia passar o desafio,
Quem?! …
Deixo a liberdade a quem quiser de transpor o obstáculo e passar o “meme”, não é difícil, é simples fácil e de algum modo esse alguém fica com a liberdade de escrever a sua ideia numa frase, a quem quiser e aceitar apenas peço que diga, apara aqui puder colocar as nomes dos que ousaram aceitar.

05 maio 2007

...Porque...

Porque hoje não me apetece pensar, Porque hoje está sol e Porque foge ao convencional e simplesmente Porque com isto dá para ver que o nós homens não usamos nem metade da nossa capacidade e não me refiro à intelectual ou mental, mas física e motora.
Fiquem-se com o vídeo mas apenas façam se tiverem coragem ou agilidade para tal ...



01 maio 2007

... Libertà ...

Desenho: Anónimo
“Faculdade de fazer ou de não fazer qualquer coisa, de escolher. Independência, estado oposto ao do cativeiro ou prisão.” in Dicionário
O Homem sempre almejou atingir os seus limites (físicos, mentais, sentimentais), para os atingir é capaz de sofrer, rir, matar, amar. Existem aqueles que pela sua capacidade conseguem dissociar um ou vários, em contrapartida existem outros que tal não conseguem fazer... faz parte da natureza de cada um, contribuem também os factores (humanos, naturais, locais) que o envolvem que vão ajudar a tornar-se mais ou menos agressivo, mais ou menos sociável, mais ou menos humanitário.
Assim é verdade que todos estes factores nos condicionam de alguma forma, mas é verdade também que como seres humanos pensantes que somos cabe a nós Pensar, Analisar, Ver, Agir, Sentir, em conformidade com cada situação que surja, são estes os atributos que distinguem o homem pensante do homem que não pensa, do ser racional do ser irracional.
Então se ele tem esta capacidade porque não faz uso dela de modo correcto? Porque usa e abusa da “Faculdade de fazer ou de não fazer qualquer coisa, de escolher. Independência, estado oposto ao do cativeiro ou prisão.”?
Não posso nem devo esquecer que a minha libertà termina quando interfere na libertà do outro. Porque é tão esquecida?
Falam tanto em libertà, mas não olham os conceitos básicos e necessários para a atingir, nem tomam as devidas atitudes para proteger os seus, esquecem os outros e …continuam esquecidosPorquê?
Dizem que a História foi/está feita, não ela ainda está a ser feita, ela ainda tem muito para contar e para dizer, ela – História – ainda tem de ser reescrita, pois todos os que foram esquecidos fazem parte da história que ainda falta contar e falar, mas ... não interessa a muitos ….
Importante sim, é que com o passar do tempo os “bonecos” da história vão avançando e com isso a idade também, assim os “bonecos” um dia desaparecem e a história que tinha de ser reescrita passa a ter um hiato… no futuro algo ficará por explicar, alguém não saberá nem compreenderá ao certo o que se passou, porque esse hiato irá surgir e tornar-se-á num “buraco” que não tem explicação.

Em conclusão: Libertà sim, mas vejam o que fazem. As consequências podem ser desastrosas mesmo para aquele que tanto clama por a libertà.

29 abril 2007

Awards – 5 Blogs that make me think


Alguém me disse que eu penso, assim pensar com toda a sua conotação faz-me sentir um “peso” e ter uma/ou alguma responsabilidade nas palavras que posso ou devo dizer ou escrever, não por serem fáceis ou difíceis, mas pelos que essas mesmas palavras podem implicar ou determinar.
Cabe a mim então saber ou tentar ter uso correcto dessas palavras e dessa capacidade de pensar.

Porque gosto de conseguir ir sempre mais além e de me tentar ultrapassar, assim já ouvi dizer os dois extremos ou que penso demasiado ou que faço as coisas sem pensar e num acto imediato, as duas são verdadeiras.

Assim e porque a Teresa Durães me disse que eu penso, transmitiu assim o testemunho de dizer os
5 Blogs that make me think:
Porque … as imagens dizem mais do que muitas palavras e nos fazem pensar e meditar no rumo que levamos ou temos.
Porquea vida tem harmonia, encanto e gosto de viver e isso transmite-se em toda a sua forma e conteúdo, e sem isto não se pensa nem raciocina, só alguém com a capacidade de não pensar, pensa de modo inteligente, assim não pensando pensa.
Porquea vida não é só feita de pensar, sorrir/rir e informar, são um modo de pensar, de uma escrita inteligente, viva e de saber, assim a falta disto provoca um desequilíbrio e só assim se consegue pensar(sorrir/rir e informar), que para pensar é preciso não pensar e ter a mente aberta.
Porque … é uma pessoa extraordinária e faz um uso de palavras com inteligência e me obriga a pensar e ler atentamente.

Porque … para além de levantar muitas questões, a todos os níveis é uma pessoa que muito admiro pela sua versatilidade, rapidez e fluência de escrita e deste modo me obriga a pensar e racicionar.

Com isto cheguei à minha conclusão que para pensar é preciso saber rir, sentir harmonia, sentir bem connosco, sentir equilíbrio e acima de tudo não pensar, só assim o pensar surge pois está abertas a ideias e a outras palavras, que nos leva a outros lugares… (algo que nunca tinha pensado) …

10 abril 2007

... cruzar de pernas ...

Desenho de: Anónimo

Sento-me no tapete que se encontra no chão, cruzo as pernas a tv faz ruídos de fundo, puxo o portátil, tento organizar ideias.
Organizar ideias, será um momento, será um pensar, será um fugir à realidade que nos circunda, algo é … O que é então?
De entre muitas coisas que pode ser organizar ideias é um “momento”, e dele fazem parte várias fracções de outros momentos por nós vividos, interligados ou não fazem parte de nós. Vivemos e apreciamos mais ou menos a vida e tudo o que nos rodeia, porque de algum modo temos essa palavra que se chama “momento” e é ela que nos faz sentir, o que é um segundo – numa situação pode ser interminável, noutra pode ser bem pelo contrário o oposto – o que é saber esperar, o que é ter paciência.
O imprevisto faz parte dos momentos e está para ele como a chuva e o sol estão para o tempo, sem o imprevisto o momento, o viver e a vida de algum modo tornar-se-iam monótonos e repetitivos.
Assim viver e vida de algum modo só conseguem ser apreciadas e ter o seu verdadeiro sentido se a palavra “momento” existir, sem ela viver e vida ficam de algum modo “perdidas” num emaranhado de palavras de ideias mas que não fazem qualquer sentido e acima de tudo sem um ponto comum que é a pessoa em si- pessoa em si que liga o momento a ela e a tudo o que a rodeia.

Viver e vida sem momentos é como um saco roto em que por mais que se queira segurar o conteúdo ele sai de alguma forma. É preciso existirem momentos, existirem segundos, existirem fracções de segundo, existirem horas para termos a capacidade de “ler”, “ver” e apreciar a vida e o viver, mas para os momentos existirem não posso esquecer que tem de existir um viver e uma vida !!
Implica isto que uns e outros exigem e dependem uns dos outros, pois só assim neste encandeado e nesta dependência consegue-se ter a agilidade e a capacidade para se viver, ter vida e acima de tudo apreciar o que é bom e mau e no meio disto tudo sair vitorioso e com coragem para enfrentar mais um imprevisto e mais um momento.
E assim descruzo as pernas levanto-me e dou por terminado este “momento”.

21 março 2007

...Porque...

Porque o som é necessário, a música é importante e rir mais importante e juntar estes “itens” num som é algo que nos consegue por bem dispostos ou pelo menos com um sorriso na cara.
(Rick Miller)
...

Bohemian Rhapsody

14 março 2007

...Imagem...

Foto de: Harry Staut

Às vezes, pergunto-me se a imagem que nos é dada e colocada ao nosso redor e a imagem que nos colocamos é a imagem que deveria ser colocada nesse mesmo momento.
Quantas vezes somos confrontados com imagens que nos fazem sentir de algum modo impotentes, quantas vezes somos confrontados com imagens que devido ao seu exagero de repetição, á sua agressividade nos leva a reagir de um modo não sentido, nos faz agir com um modo de fuga e não de acção e de mudança de atitude.
Será porque somos indiferentes? Penso que não somos indiferentes, penso que de algum modo somos “obrigados” a ser indiferentes para conseguir sobreviver no mundo que nos rodeia. Porquê? Talvez porque devido à abundância e exagero de imagens negativas, ao exagero de imagens que transmitem degradação destruição somos compelidos a fugir delas e a procurar refúgio em imagens que de algum modo transmitam mais amor, alegria, compaixão e alegria de viver.
No fundo devido à massificação da violência ao exagero exacerbado de atitudes agressivas, vamos criando defesas para nos refugiarmos psicologicamente dessas mesmas imagens.
Soluções?
Muitas existem, mas talvez nenhuma seja a correcta talvez mesmo a solução seria passar por uma alteração de hábitos, uma alteração de pensamentos uma alteração de atitudes em termos de colocar nos media as imagens que vão ser transmitidas/colocadas para desse modo o reflexo que começasse a surgir fosse um reflexo mais limpo, mais sensível, mais aberto mais positivo e acima de tudo com mais fé num futuro que sabemos apriori é difícil e trabalhoso. Talvez só assim o reflexo comece a ser mais empreendedor pois começa a ter mais esperança no futuro que ele próprio e os outros ao seu redor vão criando.

24 fevereiro 2007

Liberdade, ousadia, loucura ...

Para uns a liberdade, para outros a ousadia, para outros a loucura, para mim um pouco de tudo o que estão nas palavras anteriores, mas ao qual eu apenas aprecio ver mas coragem não tenho para tal.



21 fevereiro 2007

o "herói"...



Cartoon de: Skalman – Write work

“As coisas acontecem, as pessoas mudam”. In book “As mil luzes de Nova York” de Jay McInerney

Nada começa sem existir um princípio, um início, tudo deriva de um ponto de partida. Esse ponto de partida será portanto o grande impulsionador de toda uma “aventura”.
“Aventura” essa que irá seguir e acompanhar sempre até ao fim o seu “herói”. Este “herói” pessoa comum ou não, pode seguir ou não padrões convencionais cada um segue a seu modo o percurso da “aventura” que mais lhe convém. Assim sendo e tendo o poder e a liberdade de escolher durante o percurso as opções que mais lhe são favoráveis, vai implicar de algum modo que com a informação que vai adquirindo o seu leque de escolhas se vai tornando de algum modo mais específico.
Para esta especificidade muito vai contribuir os gostos, tendências e as posses monetárias de cada “herói” e de algum modo as influências exteriores que o circundam. Assim de algum modo directa ou indirectamente o nosso “herói” foi de algum modo alterado ao logo do percurso, o nosso “herói” foi mudando e sofrendo alterações conforme as circunstâncias lhe perdiam ou exigiam.
Assim o nosso “herói” não é uma forma de vida estanque mas acima de tudo é uma forma de vida permeável e desse modo susceptível a mudanças e a transformações. Quais são essas transformações? Só vai dando conta à medida que o percurso da aventura evolui para situações mais exigentes e mais complexas, só à mediada que avança toma noção que se tornou mais complexo, mais exigente, mas também mais mutável e permeável e assim mais susceptível a mudanças sejam elas de que origem ou forma sejam.

18 fevereiro 2007

Música, com ela ...

Música… com ela altero os estados de espírito, com ela viajo a memórias, com ela aprecio o momento único de sentir as notas que nesse momento surgem.
Sons, com ele música/músicas e deste modo um “bilhete” que nos abre as portas a deixar a mente parar ou “voar” até onde ela nos deixar ir, até que a razão ou o nosso “Eu” nos diga que é tempo de parar e seguir o convencional, é tempo de parar e seguir o dia a dia, é tempo de parar e seguir em frente.
Mas, porque é tempo de se assim quisermos parar em qualquer altura e seguir em frente em qualquer altura também é tempo escutar a nossa voz interior e recuar no tempo quando necessário.
Moçambique - Wazimbo "Nwahulwana"








17 fevereiro 2007

O Sonho

Foto de: Carlos Rema


Passo a mão na cara, continuo absorvida em pensamentos. Pensamentos, esses, que me fazem abstrair e sair do mundo real que me rodeia.
Vou à torneira, coloco as mãos debaixo da água fria que corre e, deixo a água correr sobre as mãos até as sentir frias e geladas e num gesto quase maquinal passo as mãos nas têmporas, uma dor de cabeça começa a surgir.
Olho para o exterior através do vidro, como se este fosse uma lupa, tento perceber os olhares, os gestos, os passos que cada pessoa faz. Então algo em comum começo a encontrar, a rigidez dos rostos, a ausência de sorrisos e o passo acelerado ou quase de corrida são uma constante no vai e vêm constante que se passa no exterior.

O vento sopra com força, começa a assobiar e num momento em que o som foi mais elevado eu acordo. Olho em volta e tento perceber se foi real ou um sonho, dou conta então que foi um sonho. Instintivamente e num gesto rápido de cabeça olho pela janela vejo então que o vento sopra com força as árvores se encontram todas dobradas as pessoas vão no seu passo acelerado e quase de corrida encolhidas no meio dos casacos e cachecóis os rostos esses não os vejo estão longe, (longe da vista e longe do contacto das pessoas) … mas percebo pelo passo e atitude que não diferem muito do sonho que tive… a tristeza e solidão está a tomar conta do espaço das pessoas...

12 fevereiro 2007

Porque

… temos dias que nada apetece olhar e fazer do que é habitual e normal, hoje foi um desses dias…
Porque
a neve não serve só para esquiar, e porque voar não é só dos pássaros, algo que junta as duas actividades e resulta em algo que foge ao que é mais comum e normal…

Speed Riding Niviuk



07 fevereiro 2007

… o céu como limite, as nuvens como objectivo…

Nada fazia prever que o vento de repente alterava a sua trajectória as previsões nada diziam apenas o normal de um fim de tarde se apresentava pela frente.
Assim, como nos fins de tardes anteriores os preparativos começaram lentamente a surgir. Rapazes e raparigas calçam botas e carregam com os “sacos” às costas, escolhido o local retiram os “objectos” necessários do grande saco e preparam os “objectos” para a viagem que se aproxima, uns maiores outros menores, mas todos eles importantes e necessários.
Esta etapa está preparada, é arrumado o saco e começa o vestir de camisolas, calçar luvas, por frontais logo de seguida vem o ritual mais importante e cuidado, o colocar dos “objectos” nada pode ser descurado, tudo é olhado ao mais pequeno detalhe, a concentração torna-se maior pois nada pode falhar.
Olha-se em frente de lado olha-se para a manga o vento está constante é escolhido o momento, o corpo é atirado para a frente e uma corrida em que a velocidade o equilíbrio entre homem e objecto são essenciais e cruciais começa, os metros são escassos e … a sensação de vazio e falta de aderência surgem um leve toque nos comandos e o chão começa lentamente a afastar-se.

Nada fazia prever …
Que, nessa tarde tudo se iria precipitar e obrigar a manobras de emergência e a atitudes mais agressivas para se chegar à segurança do solo.
Assim, do não prever deu-se conta que as forças da natureza surgem quando menos se espera e por mais previsões actuais que possam existir nunca sabe o momento exacto da sua entrada ou o momento exacto da sua saída.

”O céu era a liberdade e a imponderabilidade. Um mundo transparente onde soprava o vento e corriam as nuvens.” In book “ A encomendação das almas” de João Aguiar

30 janeiro 2007

… Tic tac, Tic tac …


Foto de: Salvador Dali
“Os segundos iam-se tornar semanas, as semanas séculos, ao longo dos meses seguintes.”
In book – Um Natal Que Não Esquecemos - de Jacquelyn Mitchard

Tic tac, tic tac
Lentamente o relógio avança e com ele avança todo o meu ser e todas as minhas ideias,
Tic tac, tic tac
Mais uma volta no tempo ou um tempo sem volta?
Nem me apercebo do som que me rodeia, ou do que se passa à minha volta por momentos o tempo parou ou parece que parou

Tento sair da inércia, concentro-me e vejo figuras ao longe, personagens de um enredo no qual me tento concentrar, … bruxas (três), generais escoceses, vitórias e um regresso a casa. Ambição destemperada, forças malignas, assim se vai desenrolando a tragédia … e assim entro num estado de alerta e inércia, os dois rodando e tomando conta do tempo nas proporções necessárias.

Tic tac, tic tac
O tempo avança nem dou conta dos segundos que passaram, ou das horas que passaram.
O pano desceu, os actores terminaram a sua “viagem” por um mundo passado. Eu, de algum modo terminei a minha viagem pelo mundo passado, assim encaminho-me para a porta e um frio gélido toca-me na cara. Recorda-me que o tempo avançou, uma noite se avizinha e que tal como no passado o tempo continua a rodar, a rodar como um sem fim.
E… nós somos como actores que vamos actuando num teatro em que só vamos conhecendo o enredo à medida que ele se vai desenrolando, em que só vamos colocando as peças à medida que elas são pedidas e necessárias, em que nós vamos escrevendo a história e nem conta damos que de um segundo passou-se a semanas e meses e várias vidas passaram sem que nós pessoas tivéssemos dando a devida atenção a tal, porque estávamos sempre à espera do momento ideal ou da altura ideal.

Tic tac, tic tac …

24 janeiro 2007

... letra, palavra …


Desenho de: Kajan

Falar, escrever tão naturais como o aprender a andar, mas tão complexas no seu uso.

Diferem entre países assim de algum modo diferem na língua e deste modo reflecte-se no modo como é escrita e falada.
Tão diferentes entre si as letras inseridas num alfabeto que difere nos vários cantos do mundo.
Esse mesmo alfabeto o qual é constituído por várias letras são dos “tesouros” mais importantes que temos e ao qual muitas vezes esquecemos de dar o seu devido valor.
Dele, nascem palavras soltas, das palavras soltas, surgem o formar de uma ideia, e desta surgem toda a esperança que um mundo necessita para a mudança que se espera para o dia seguinte.
Para o dia seguinte sim, é que das letras e palavras surge o pensar e é com elas que se ensina o futuro a todos aqueles que nascem, aprendem a andar e que pulam, saltam e brincam nas bicicletas nos jardins, nas ruas, nos quintais, é com eles que o mundo cresce e o dia volta a surgir com uma esperança maior e um sorriso maior.
A palavra ensina, a palavra desafia, a palavra entristece, a palavra alegra, mas um conjunto de palavras dá força e a frase nasce e ensina que para avançar é preciso saber usá-la e não atirá-la, como se lixo fosse.

21 janeiro 2007

…hrdost …


Foto de: judytha

Num acto natural e normal, faço intenção de me sentar no chão de pernas cruzadas como é meu costume e só depois então me dedico ao que me levou a sentar. Invariavelmente um livro, uma música, um filme e deste modo surgiu algo que li e me deixou a pensar “São as casas mais grandiosas e as árvores mais altas que os deuses deitam abaixo com raios e trovões. Porque os deuses gostam de contrariar o que é maior que o resto. Não suportam o orgulho a não ser em si próprios” surge in “ A Regra de Quatro” - Ian Caldwell e Dustin Thomason mas é de Heródoto.
Nos tempos de hoje não são deuses, mas … surgem de modo mais ou menos visível, usam e abusam do puder que lhes é atribuído, ou prometem e não cumprem são apenas algumas das facetas comuns e notórias nos dias de hoje.
De algum modo esquecem os que os rodeiam e acima de tudo esquecem que antes de serem o que são estiveram inseridos no número daqueles que o rodeiam e que fizeram parte dos que são esquecidos ou preteridos por outros.
No fundo esquecem as bases, as raízes e apenas se orientam por novos conceitos e tudo o que domina esses novos conceitos, a pessoa e o humano ficou num plano inferior assim surgem novas atitudes umas melhores outras nem por isso mas todas elas fazem parte de um todo.
Esse todo melhor ou pior faz de nós a pessoa ou as pessoas que somos, assim de algum modo esquecer o outro ou os outros é esquecermo-nos a nós próprios, e esquecendo nós e a nossa identidade pode ser o inicio de perder tudo ou todos.
... hrdost (orgulho) em grau elevado pode ser o princípio de um esquecimento da nossa identidade

17 janeiro 2007

… manhã …


Foto de: GeWesely



Temos segundos, temos minutos, temos dias, temos momentos em que estamos bem, que tudo se enquadra que tudo se encaixa, encaixa tão bem que mais parece que é irreal, ou melhor mais parece que por estar demasiado “encaixado” ou certo decerto algo se avizinha. Será?!
Não sei, para mim apenas é um pensamento que me surgiu leve e rápido tal como este ano se iniciou, rápido e leve, com uns laivos de sol a surgir de vergonha em altura do ano que nos deixa de sorriso nos lábios, pois por estas alturas o “hábito” é o cinzento, a chuva e o nevoeiro e o frio (este ainda vai dando o ar da sua graça) até quando? Eu gosto de sentir e de ver, mas admito que é estranho nesta altura do ano, e pergunto-me o que se passa? Serei só eu ou o tempo também está já baralhado e não sabe bem quando deve entrar e sair?
Então reparo que o dia foi passando e lentamente manteve o seu “temperamento” mas reparo também que o seu “temperamento” é mais ameno e não tão agreste como no passado.
É fruto dos tempos? Ou da mão do homem?
Talvez dos dois … vejo e noto que vão ter de aprender a coexistir se querem que a manhã volte a ser como é e como era outrora, e não como decerto será num futuro próximo …
Assim…
“Não sei ao certo se é a manhã que passa, se é o dia que passa, ou se é toda a vida que passa nesta manhã neste dia.” In “Nenhum Olhar” de José Luís Peixoto

Seguidores

 
Mundo do fim do Mundo. Design by Wpthemedesigner. Converted To Blogger Template By Anshul Tested by Blogger Templates.