Passo a mão na cara, continuo absorvida em pensamentos. Pensamentos, esses, que me fazem abstrair e sair do mundo real que me rodeia.
Vou à torneira, coloco as mãos debaixo da água fria que corre e, deixo a água correr sobre as mãos até as sentir frias e geladas e num gesto quase maquinal passo as mãos nas têmporas, uma dor de cabeça começa a surgir.
Vou à torneira, coloco as mãos debaixo da água fria que corre e, deixo a água correr sobre as mãos até as sentir frias e geladas e num gesto quase maquinal passo as mãos nas têmporas, uma dor de cabeça começa a surgir.
Olho para o exterior através do vidro, como se este fosse uma lupa, tento perceber os olhares, os gestos, os passos que cada pessoa faz. Então algo em comum começo a encontrar, a rigidez dos rostos, a ausência de sorrisos e o passo acelerado ou quase de corrida são uma constante no vai e vêm constante que se passa no exterior.
O vento sopra com força, começa a assobiar e num momento em que o som foi mais elevado eu acordo. Olho em volta e tento perceber se foi real ou um sonho, dou conta então que foi um sonho. Instintivamente e num gesto rápido de cabeça olho pela janela vejo então que o vento sopra com força as árvores se encontram todas dobradas as pessoas vão no seu passo acelerado e quase de corrida encolhidas no meio dos casacos e cachecóis os rostos esses não os vejo estão longe, (longe da vista e longe do contacto das pessoas) … mas percebo pelo passo e atitude que não diferem muito do sonho que tive… a tristeza e solidão está a tomar conta do espaço das pessoas...
O vento sopra com força, começa a assobiar e num momento em que o som foi mais elevado eu acordo. Olho em volta e tento perceber se foi real ou um sonho, dou conta então que foi um sonho. Instintivamente e num gesto rápido de cabeça olho pela janela vejo então que o vento sopra com força as árvores se encontram todas dobradas as pessoas vão no seu passo acelerado e quase de corrida encolhidas no meio dos casacos e cachecóis os rostos esses não os vejo estão longe, (longe da vista e longe do contacto das pessoas) … mas percebo pelo passo e atitude que não diferem muito do sonho que tive… a tristeza e solidão está a tomar conta do espaço das pessoas...
4 comentários:
Como sempre...nota elevada!
As mudanças... são isso mesmo...
Quando se muda...
Vim ler-te, só hoje opouco tempo e o cansaço permitiram.
Saio com o sorriso de prazer de sempre.
Pelo menos, sobro eu a sorrir...
BFS
BJS
M
mudaste. há motivos que o provocam. principalmente nas mulheres. um deles é o cansaço. o que me leva à preocupação. Reconheci de imediato o estilo de escrita. não o blog; não olhei tão pouco o endereço. A mudança no visual diz também que queres mudar algo. O entrudo, no inconsciente, também o provoca, sabias?
É verdade, os rostos andam tristes e tristes andam as pessoas. Apenas com um referendo foram divididas. Sem dinheiro, afastadas e preocupadas, Sem emprego, arrasadas. E se o português com 40 anos de ditadura e um inconsciente colectivo de muitos séculos de perseguição por parte da igreja, para além de ser emigrante desde os tempos remotos, é um povo que cala consente acata.
Um Ministro declara no outro lado do mundo que em Portugal vive-se mal e nada se diz por estas bandas. É verdade. Olhamos para a a carteira e pensamos apenas: onde poupar. Não em que protestar. Este povo não faz isso. Em 1974 os interesses eram internacionais e não nossos por isso existiu uma revolução,
Nós calamo-nos. Longe da vista e do contacto. Se não tomarmos consciência não sabemos. assim o é.
O motivo é simples. Nunca fomos um povo unido mas tribos que combatiamos entre nós. Subjugadas aos cristãos mais tarde.
boa noite para ti. Luta pelos teus sonhos e esquece os outros. Cada um de nós faz a diferença e nunca nunca nunca esqueças isto. Mesmo que não percebas.
temos momentos...
não sei até que ponto estamos a ficar mais tristes, ou mais conscientes... mais sós sem dúvida, fruto do egoísmo...
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