Destaque_ Filme_Avatar

Filme: Avatar Director: James Cameron Estreia em portugal: 17-12-2009 Género: Acção/Aventura/Ficção Científica Estúdio: 20th Century Fox Website: www.avatarmovie.com Entre os actores principais: Sigourney Weaver Michelle Rodriguez Filme em 3D que marca o regresso de James Cameron.

10 abril 2006

"Uma outra pessoa" ...

Foto de: mnartist

"Haverá alguém que nunca tenha pensado em transformar-se noutra pessoa?"
Esta é apenas uma frase que surge num livro que li faz tempo.
Deixou-me a pensar, se realmente eu gostaria ou não de ser outra pessoa, ou transformar-me noutra pessoa.
Talvez para quem não tenha nada a perder e aqui refiro-me a todos os níveis - pessoais, de trabalho, familiares, e muitos outros - seja de certa forma uma boa opção e uma boa escolha.
Assim a optar por este tipo de atitude, a pessoa incorre em múltiplas e variadas situações, mudanças de atitude, de aspecto, personalidade, no fundo é um renascer e um reaprender tudo de novo, é um corte radical com tudo o que até aí tenha sido.
Até que ponto pode trazer ou não vantagens? Depende muito da pessoa em questão e do modo de atitude que tomará.
No mesmo livro, as duas pessoas que optaram por transformar-se noutra pessoa, tiveram percursos diferentes e bem distintos, ouso dizer que de certa forma um consegiu transpor-se a ele próprio e melhorar, então de algum modo teve um caminho positivo; o outro pelo contrário foi o oposto, caíu em degradação e de certo modo o seu caminho foi negativo.
Realmente parece uma "via" boa, salutar e de coragem, mas não sei se será assim tão de coragem.
Pois coragem é saber enfrentar no dia-a-dia os problemas e situações que lhe surjam pela frente, sejam elas boas ou más e tomar a ou as atitudes devidas, então nesta óptica talvez seja mais de cobardia, o fugir o não ter coragem de mudar o que deveria mudar.
Então transformar-se noutra pesoa, no fundo é uma fuga, uma cobardia e um acto de egoísmo, não só perante o próprio como perante todos o que o rodeiam, só passa a ser um acto de coragem o momento em que ele consegue ter iniciativa e destreza de iniciar e refazer tudo de novo - mas mesmo assim não deixa de estar implícito um acto de cobardia.
Assim a ter que lutar e a ter que mudar o que quer que seja, faço sem mudar de pessoa, faço mantendo eu a minha identidade, pois deste modo sei o que fui, sei o que sou, e sei o caminho que estou a trilhar para o meu futuro e isto dá-me uma identidade própria e única que só cada um de nós tem e em mais nenhum existe.
Nota: do livro "Uma outra pessoa" de Tonino Benacquista

11 comentários:

inBluesY disse...

acho que nunca me ocorreu, não sei bem sinceramente, mas uma coisa é certa gosto muito de mim, apesar de por vezes não acreditar muito em mim, a verdade é que no final tenho muito orgulho da minha pessoa ... ops corei ;)

Era uma vez um Girassol disse...

Gostei muito da escolha e abordagem feita a este tema.
É muito arriscado e até contra-indicado querer ser "outro/a", por imitação ou colagem...
Sou resistente a esse tipo de comportamento: prefiro reflectir, pensar no que posso melhorar na minha maneira de estar e de lidar com os outros, atacar o problema de frente, pegar o touro pelos cornos, ir à luta...Só existe um pequeno senão...adiar, adiar....
Entenda-se aqui o touro como a besta que existe em nós e que nos torna menos racionais...
Não podemos esquecer que cada um de nós é único!
Bjs

Aprendiz de Viajante disse...

Só venho deixar um beijinho... Estou com sono, prefiro ler estes textos amanhã com calma e depois comentar... não gosto de dizer que gosto ou não só por dizer!

Os teus textos fazem-me pensar, são para ser lidos com tempo...

Até amanhã

Anónimo disse...

Curioso, não gosto assim tanto de mim mas nunca me apetece ser mais ninguém e nem é por falta de imaginação.

Hei-de pensar porque será...

:)

rafaela disse...

É precisa alguma coragem para nos mantermos fieis a nós. Sem esquisofrenia, sem querer ser outro para agradar aos outros, para ser mais agravel.

Belo ponto de vista!

Teresa Durães disse...

Eu gosto de ser como sou mas... existe um grande mas, um mas longo de mais para ser explicado aqui em e nada tem haver com cobardia, apesar de 99% das pessoas assim o pensarem.

Mais ainda, provavelmente a minha luta é maior do que aqueles que me chamam de cobarde.

Essas frases, na minha opinião, são frases construídas por quem não sabem o que a dor,a dor que faz com que não existam palavras para a descreverem, lágrimas a chorarem, gritos a soltarem. São dores que existem para além da racionalidade.

Ainda bem que (a autora do livro) não a conhece. Nem tudo é necessário conhecer-se.

Anónimo disse...

tantas são as vezes que sendo nós mesmos queremos ser outros.

Aprendiz de Viajante disse...

Não te consegui comentar antes... d+áva sempre erro!

Gostei muito dos teus textos. Em relação a estes, acho que ninguèm consegue mudar mesmo, no fundo ficam sempre coisas registadas que ninguém pode apagar!!!

Um bjinho e boa Páscoa.

Anónimo disse...

Há coisas que com a idade nós aprendemos e, uma delas é nunca nos escondermos atraz de ninguém, o melhor é sermos nós mesmas e ter a coragem de enfrentar a realidade seja ela qual for.
Bjs e uma Páscoa cheia de coisas boas.

Teresa Durães disse...

Concordo inteiramente com a Acácia!

(por mais estranha seja a realidade aos olhos dos outros)

A ideia não é apagar o que se viveu mas fazer com que não nos magoe mais, o que é um pouco diferente. Um exemplo muito simples: se durante anos andaste zangado com o vizinho porque roubou a tua boneca favorita, talvez aos 25? (ou mais cedo) seja a altura de fazer as pazes!

Anónimo disse...

Uma grande verdade e ensinamento!!!Não precisamso ser outra pessoa, mas sim alterar em nós tudo aquilo que nos desconforta, que nos deixa desagradados. O caminho está em nós, mudar a nós mesmos é o grande desafio, mudar para melhor. É algo difícil, mas vale a pena tentar.
Black Bird

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