O chinês: - Quem é esse Senhor do Céu que de tão longe nos vindes anunciar?
Não o conhecemos, pois só queremos acreditar naquilo a que a evidência nos obriga. Eis porque só aceitamos a matéria e o Li, a soberana Verdade, Sabedoria, Justiça, que subsiste eternamente na matéria, que a forma e dispõe nesta admirável ordem que vemos, e que também ilumina esta porção de matéria purificada e organizada de que somos compostos. Com efeito é necessáriamente nesta soberana Verdade, à qual todos os homens estão unidos uns mais do que outros que vêem as verdades e as leis eternas que são o vínculo de todas as sociedades.
O cristâo:- O Deus que vos anunciamos é o mesmo cuja ideia está gravada em vós e em todos os homens. Mas, por não lhe darem bastante atenção, não o reconhecem, tal como é e estrahamente a desfiguram. Eis porque Deus, para nos revelar a sua ideia, nos declarou pelo profeta que ele é aquele que é, a saber, o Ser que encerra na sua essência tudo quanto há de realidade ou de perfeição em todos os seres, o Ser infinito em sentido absoluto, numa palavra, o Ser.
Autor: Nicolas Malebranche
2 comentários:
Talvez a seu modo os esse filosofo chinês conhecesse mais de Deus do que imaginava o filósofo cristão, só que o recato e a modesta impediam-no de se armar em arrogante...Já os filósofos e clero cristãos andam sempre com o nome de Deus na boca, só que depois raramente lhes chegam aos corações e lhes ilumina a alma e as acções....iroónico, não é??rsrsr
Black Bird
O poeta chines acredita que os valores humanos devem ser aceitos por todos, colocados em pratica, pois são estes (Valores) a unica razão para haver dignidade e honra, e atraves desta a concórdia, e iguadade entre os povos, embasado nestes valores é que se cria as leis moraes como parametros para atingir a exelência,
O Cristão por sua vez crê que é necessário acreditar em Deus antes para atingir a excelência, pois Deus compreende todos os valores, os quais (valores) o homem somente conhecerá e cultivará se crer em Deus, assim será valorizado, e possuirá maior dignidade, e permanecerá constante, porém o chines mesmo não acreditando em Deus, Crê, na sua própria capacidade de desernir, em sua indole incorruptivel e constante, que define sua excência e natureza.
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