Foto de: Trekking in Patagonien
Faz tempo li um livro. Esse livro propositadamente guardado para ser lido nas férias e fora de Portugal, até aqui nada de especial, caso a razão que me fez guardar fosse a falta de tempo. Não foi essa a razão, mas sim o título do livro "mundo do fim do mundo". Não sei o porquê talvez porque eu própria nessas férias iria estar longe e de algum modo sentir-me num fundo do fim do mundo.
Assim comecei a ler esse mesmo livro num comboio algures na Europa, mas fora de Portugal. À medida que viajava no espaço físico, viajava no espaço mental.
Viagens diferentes, quer a nível de tranportes , a nível de países, quer mesmo a nível das línguas que eram faladas.
À medida que me aproximava do meu destino, também um adolescente entusiasmado pelas aventuras de Moby Dick se aproximava do seu destino e de conhecer as terras onde o mundo termina.
Também o que me levou a viajar foi também o que levou o adolescente a viajar, desconhecido e o querer conhecer. Mas, existe um mas ... a viagem deu-se num baleeiro, anos mais tarde voltará como jornalista para descobrir a razão das mortes no habitat nas águas gélidas desse mundo no fim do mundo, pois essa vida selvagem está a ser destruída por acções criminosas de navios piratas.
Deste modo algures na Europa dou comigo a pensar até que ponto nós homens destruimos habitas, seres vivos, faunas tudo em prole do desenvolvimento. Inclusivé destruímos o nosso próprio meio o qual necessitamos para viver em prole do desenvolvimento.
Até que ponto é desenvolvimento e passa a desumanização?
Penso que tal acontece quando esquecemos o amor ao próximo, quando esquecemos que existem os mais fracos, quando esquecemos os que estão abaixo de nos na pirâmide da sociedade. Tornamo-nos desumanos e com isso perdemos nós próprios homens e tudo o que nos rodeia.
Destruindo-nos a nós, destruimos o nosso mundo, a nossa Terra e sem ela nada mais restará a não ser "algo" inóspito, feio e desabitado.
9 comentários:
... por isso gosto muito de fugir para o campo, onde a Natureza ainda é pouco humanizada e as pessoas simples guardam valores que na cidade o desenvolvimento empodreceu!
Obrigada pela visita ao meu filhote! Ele gostou...
Bom fds e um bjinho
Eu sempre achei que ler fazia mal lol
Bom fim de semana :o)
não podemos esconder mais a cabeça na areia como o avestruz!
E as focas bebés?
E os ursos brancos?
as baleias?
os orangotangos?
Os ursos pretos, os elefantes ? e ...e... e...?
ATé quando?
por mail, acabei de receber mais uma petição a favor das focas, outra para os alimentos transgénicos, outra ...
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um abraço para ti.
Vai lá ver...
Eu acredito que, a partir do momento em que desenvolvemos a teoria humanista, assinamos a nossa destruição.
Ao centrarmos a preocupação no Homem (coitado, morre de fome, de doença, de frio), esqueçemos do principal: O Homem não é o principal mas sim uma peça no grande puzzle.
Não são as focas que estão em perigo, nem o urso, nem as baleias, os Koalas.
Nem os mais fracos.
Tudo isso faz parte da natureza e dos seus ciclos.
A Natureza tem de estar em equilíbrio per si sem a desajuda do Homem.
Só o simples facto de se construir uma barragem destroi o ciclo da natureza do local. Mas nós estamos apenas preocupados connosco.
As grandes crises epidémicas, seja ou não a gripe das aves, é necessária para destruir o que de mal está neste planeta que é o Homem.
Pareço fria, não é? mas assim é se não pensarem de forma egoísta como todos nós pensamos em relação à morte.
As espécies acabam e outras aparecem. Mesmo o Homem, em relação à idade do planeta, não tem qualquer importância. Só tem aquela que nós lhe damos (nós gostamos de ter importância, percebo, eu própria, a partir do momento em que crio um blog estou a querer ter também, mostrar-me aos olhos dos demais para que me vejam).
Os ciclos vão e vêm. Este é mais um. O único método de equilibrio é, ao arrancar uma árvore, plantar outra. Ao retirar uma plantar, colocar outra. Tirar e dar.
De qualquer maneira, o ser humano é a maior praga que a Terra tem e os poderes económicos não querem saber dessas coisas. Por isso, a natureza que TEM maior força e maior tenacidade que a vontade humana, mais tarde ou mais cedo fará com que o equilibrio venha.
(antes de responderem com violência, ponderem... quando escrevo isto é fruto de uma maturação de muitos anos e nisto incluo-me mais a minha família, filhos, marido e demais)
O homem ao esquecer a sua espiritualidade e o equlíbrio com a terra (não falo de fé necessariamente) alienou os valores inerentes. Bestificou.se.
É assim que olho hoje para a maor parte da humanidade:´Bestas.
Bestas sem futuro.
Bom dia!
Vim aqui parar "navegando" entre blogs.
A tua inquietação, expressa neste último texto, é aquela que perturba todos os homens de bem, de bom senso. Não perturba, mesmo nada, quem só tem olhos para a ganância. A ganância é fruto da "Mais Santa e Pura Ignorância".
Mesmo nos meios citadinos pode haver desenvolvimento sustentado, ou seja, respeitarem-se as leis da Natureza.
Mas a ignorância de que só há uma vida para se viver; quem tiver mais recursos é que se safará nesta selva, tolda todos os cérebros. Os cérebros toldados, querem continuar a ficar com a parte de leão. Para tal lançam mão de tudo. Tudo serve para fazer dinheiro. "Time is money" é a maior bandeira de quem quer ganhar a todo o custo e por qualquer forma. Chegam ao desplante, à "sem vergonhice" de pôr a miséria também a render???...
Ora se todos soubessemos as Leis Fundamentais da Natureza (a dos ciclos, do microcosmos ser igual ao macrocosmos, da causa e efeito, etc, etc.,) não poderíamos conscientemente continuar a proceder assim.
Vamo-nos retirando (quem pode) para os campos, para as zonas de menor densidade populacional, para uma vida mais próxima da Natureza. Mas a teia continua a alargar-se e....
A Natureza as suas leis tem
Mesmo antes do homem existir
E quem for ignorante vem
No caminho de tudo destruir
(e destruir-se)
Tem vários nomes esta ignorância:
Ganância, ódio, falta de visão
A Humanidade fica em tal errância
Já não vêem com os olhos do coração
Mas é presiso persistir, continuar
Criar laços de terna solidariedade
Sonhar que a vida se faz a amar
Ao encontro da suprema Verdade
A Natureza se encarregará de repor
O equilíbrio que há-de necessitar
Só mesmo os verdadeiros, com amor
O tal caminho estreito irão passar
Peço desculpa de me ter alongado um pouco.
Quando quiser dar um saltinho ao nosso cantinho, poderá sempre fazê-lo.
Bom fim de semana.
José António
beijinhos
nós os mais inteligentes precisamente os mais estupidos na nossa própria perservação, enfim!
Concordo totalmente com as ideias aqui expostas. É muito bom ter esta lucidez e descernimento num mundo tão atrofiado e aberrante como aquele em que vivemos. O ser humano é o pior animal à face da Terra, pois apenas ele destroi o seu proprio habitat e a si mesmo...Nenhum outro animal é tão estúpido assim..Por outro lado tb é capacitado pro criar coisas tão belas...que o Bem, a Lucidez, a Razão e o Equilíbrio superem de vez as tremendas imperfeições ainda existentes é sempre o desejo que eu faço perante esta sociedade...
Black Bird
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