"O amor é maior do que a vida", uma frase tão pequena mas que de algum modo ilustra tudo.
Até que ponto nos esquecemos o que é essencial na vida que levamos?
Até que ponto deixamos para trás esse essencial?
Até que ponto se perdem "bens preciosos" porque o essencial foi esquecido?
Até que ponto todos nós "perdemos a lembrança" do sentido da nossa vivência aqui?
Perguntas tolas e doidas decerto pensam alguns e outros atrevem-se mesmo a dizer. Talvez tenham razão, mas de algum modo essas perguntas, considero-as importantes, pois são elas - perguntas - que nos vão fazer levar a pensar e a questionar-nos, interiormente e a sós com o "Eu pessoa" e o "Eu interior"/"Eu espírito". Cada um a repensar o que é realmente importante, o "Eu pessoa" ou o "Eu espírito"?
O "Eu pessoa" é importante na nossa vivência diária como pessoas, é esse "Eu" que nos comanda e leva a fazer as coisas mais inverosímeis, as coisas mais impensáveis, todas elas de algum modo relacionadas com o exterior, com o mundano, aquelas que requerem actos físicos, força, destreza e muito mais que não vou enumerar.
O "Eu espírito" difere do "Eu pessoa". o "Eu espírito" é aquele que nos compadece, que nos leva a amar, que nos faz sentir bem ou faz sentir mal quando actuamos de modo correcto ou incorrecto perante determinada situação.
O "Eu espírito" é aquele que nos faz ser humanos, é aquele que nos faz "quebrar" quando algo mais forte que o "Eu pessoa" surge.
Deste modo constato que o "Eu pessoa" é desumanizado, mas é forte aguerrido, lutador, tem força, destreza e tudo o que se relaciona com pessoa/exterior e mundano. Já o "Eu espírito", é mais frágil, mais sensível, mais humano.
Então de um modo circunstancial, posso referir que se conseguirmos fazer a junção do "Eu pessoa" com o "Eu espírito", trará benefícios em larga escala para quem ousar fazer uso de tal "arma".
Sim uso a palvra "arma" no sentido de nós nos sabermos defender a nós próprios com os nossos próprios "meios internos e externos".
Se temos este tipo de capacidade, porque é esquecida e relegada para segndo plano?
Eu respondo do seguinte modo as pessoas vivem de acordo com o ritmo e sociedade que têm, então como são competitivas, desumanizadas, esquecendo o homen como ser humano, ser pessoa espiritual. Esquecem também que elas próprias são humanas e como tal um espírito e assim necssitam de amar e ser amados, precisam de ser pessoas e não máquinas, precisam que lhes digam gosto de ti e não que discutam e agridam entre si, precisam de ser mais condescendentes com o próximo e não exigentes. precisam que as acarinhem e não as desprezem, por tudo isto e muito mais, o "Eu espírito" é relegado e esquecido.
Ao esquecerem o "Eu espírito" esquecem o essencial, isto é a base, isto é a ou as respostas das perguntas que fiz no ínicio, o Amor, a Compaixão, a Gartidão, a Paciência, todas elas chaves para a nossa vivência e bem estar.
Quem sabe usar destes "bens essenciais" não é fraco, bem pelo contrário é mais forte e salienta-se de entre os outros.
Termino como comecei "o amor é maior do que a vida".
Nota: a frase é de Sally Vickers in "As férias de Deus"
10 comentários:
Acredito que a chave começa com a frase muito usada:
- Conhece-te.
Conhecendo-nos, aceitando-nos, respeitando-nos, assim o conseguimos com os demais.
Mas esta é a tarefa mais árdua, a meu ver.
(vou retirar, a partir daqui o "a mer ver, na minha opinião, considere que é sempre assim e não verdades absolutas mas torna-se incómodo estar sempre a escrever o mesmo).
Por exemplo, quantos de nós somos capazes de aceitar o sofrimento?
Escreveu uma frase curiosa (e peço desculpa pela minha franqueza) e banal no blog "Sereno violino" a propósito de, num post, a autora (autor?) escrever que não consegue ter confiança para comunicar com outras pessoas.
Escreveu que há gente à volta da mesma de confiança. Essa não era a questão. A questão era que a autora não conseguia ter confiança.
Isso demonstra conhecimento e, mais ainda, capacidade de revelar uma verdade sobre si (dela) que é bastante difícil.
Um passo bastante importante para o auto-conhecimento e para a aceitação das pessoas como são.
Neste caso, a autora pode estar ou não a necessitar de ajuda na obtenção do que pretende (uma ajuda mais específica - conseguir aprender a confiar de modo eficaz)
A exigência nos outros pode não ser negativa. Se eu exigir-lhe respeito por mim, não a estou a desprezar, pelo contrário, estou a valorizá-la como pessoa. Caso contrário, desprezava o que dizia.
Não sei se me fiz entender. Apenas pretendia que, pegando no seu post, que é um bom tema para ponderação, pegasse apenas num parágrafo de cada vez, meditasse e fizesse vários posts. Talvez, assim, obtenha outro tipo de respostas ao que pretende definir.
Não se esqueça, isto é a minha verdade e:
"A verdade não pertence a ninguém mas tão somente a quem seja capaz de a entender"
De blog em blog aqui vim parar.
Gostei e vou guardar para cá voltar.
Eva
acredito no eu, acredito num nós, acredito no respeito pelo respeito e dai chego a um amor, que acredito, senão nem eu seria, a destruição é a paixão, demasiada mentira detorpada em fantasia.
errado é quando o 'eu' do 'eu' não gosta ...
beijinhos grandes
O amor não só é maior do que a vida como perdura para além dela.
Beijola
Eu acho que nada é maior do que a Vida, pois a Vida é a junção de tudo, amor, ódio, alegria, tristeza, paixão, compaixão, dedicação, maldade, bem e mal, tudo, tudo faz a Vida e nada é maior que ela. Mas isto é só o ponto de vista de uma Onda meio-desencontrada da Terra...
ps: obrigada por teres publicado, mas devias mesmo ter dado a opinião inteira, é assim que crescemos, ouvindo o bem e o que podia ser melhor :) são os Outros Olhares que nos levam ao conhecimento!
Já vou na terceira leitura e não comentei pq me ocorre sempre um poema do Almada Negreiros que não dá para postar aqui, era um pouco longo.
Gostei muito deste post.
:)
OlhandO a vida cOm amOr... certíssima!
Li, reli, voltei a ler....e guardo os comentários para "outro olhar", num dia de inspiração divina. Que o texto também é "divino", pelo conteúdo, não se duvida. Quase tanto como uma rosa da mesma cor...
Poderia correr quilometros e quilometros,
sem saber do que corro, sem olhar para traz.
Hoje espero um abraço de quem esta muito longe, mas nossos corações batem junto, e não aquele que você quer que esteja em sua cama ou com de mãos dadas a você, mas quem você quer que fique na sua casa e que lhe estenda a mão, da mesma forma que você o estende, sinto o coração apertar, e vejo as pessoas loucas fazendo maluquices, mas queria um forte abraço e depois poder partir sabendo que cada momento que estivemos juntos, inclusive nossas desavenças, me tornaram forte, mas não o suficiente para saber que nunca mais estaremos juntos, pois estamos vivendo e morrer faz parte da vida. Quando cheguei eram tantas coisas que minha cabeça não parava um minuto, e você me via do geito que hoje eu lhe vejo. Ambos sabemos que tudo que passou valeu a pena, apenas gostaria de partir sem sofrer, mas dor que é dor nos ajuda a entender espero entender logo que seu abraço esteve sempre em minha cabeça, e não em nossos braços.
Luz e Paz.
Muito importantes estas tuas reflexões!!!A foto também está cheia de beleza! Parabéns por tudo. É sempre essencial que as pessoas se debrucem sobre estas questões e reflictam sobre elas, pois são cruciais para um viver com melhor qualidade. Muitas vezes esquecemos o essencial, nesta vida banal a que nos expomos em sociedade, no entanto o nosso interior devemos mantê-lo intacto, e saudável e para isso é fundamental auto-analisarmo-nos e procurarmos constantemente renovarmo-nos e valorizarmo-nos espiritualmente.E o amor, essa força desconhecida é tb mt importante para nos incentivar a caminhar.
Black Bird
Enviar um comentário