“Ella” caminhava ao longo da estrada.
Estrada essa deserta e vazia de carros e pessoas. O consumo e a sociedade tinham ficado para trás, o correr desenfreado, o pára e arranca também.
Tinha ouvido dizer que nesta altura do ano – Outono – as cores para aquele lado adquiriam variados tons e uma multiplicidade de cores, por isso sem saber o porquê nesse dia os seus passos encaminharam-se nessa direcção.
Não sabia o caminho, mas as pernas conduziam-na e a mente encaminhava-a, e nessa rua deserta de carros e pessoa enquanto caminhava começou a sentir-se com um peso.
Um peso que lentamente lhe tomava conta de todo o seu ser, começou a sentir que não conseguia alcançar o local, fez um esforço e prosseguiu.
Chegada lá, parou e nesse momento as pernas fraquejaram e sentou-se no chão. Então sentada no chão e enquanto tentava que as forças tomassem contada de si olhou em redor.
Momentaneamente nada a seduziu, nada a cativou, nada prendeu o seu olhar, então tentou perceber porque falavam dos tons e cores daquele local, quando nada o diferencia em relação aos outros locais não era notório.
Estava nesta confusão de pensamentos quando inadvertidamente roda a cabeça e olha, ao olhar sentiu por instantes que o sol entrava por entres folhas, ramos, troncos, flores, pedras, rochas, o vento era suave e constante, estava admirada com o que lhe começou a surgir na frente dos olhos. Então lentamente os seus olhos prenderam-se numa folha, seca e velha que lentamente começou a rodopiar e a fazer uma “ dança” no ar no chão, enquanto fazia lentamente caminhava para o infinito, lentamente caminhava para o horizonte e para o perder de vista.
Zásss, perdeu-se a folha e deixou de a ver. De repente acordou como que de um sonho começou a sentir que se sentia viva, com energia e que todo o cansaço que a antes tomará conta dela se tinha dissipado.
Percebeu então que só vemos e encontramos o que procuramos se nos dispusermos a tal que para isso outras coisas ficam e perdem-se pelo caminho – boas e más – escolhas e opções que fazemos, mas que é no desconhecido e no que não sabemos que está o nosso rumo e o nosso seguir em frente, pois o acomodar só provoca desconforto e esse instala-se e o pensar começa a deixar de existir e nós deixamos de ser nós /pessoas e passamos a ser nós/”objectos”.
Levantou-se e saiu dali …
Estrada essa deserta e vazia de carros e pessoas. O consumo e a sociedade tinham ficado para trás, o correr desenfreado, o pára e arranca também.
Tinha ouvido dizer que nesta altura do ano – Outono – as cores para aquele lado adquiriam variados tons e uma multiplicidade de cores, por isso sem saber o porquê nesse dia os seus passos encaminharam-se nessa direcção.
Não sabia o caminho, mas as pernas conduziam-na e a mente encaminhava-a, e nessa rua deserta de carros e pessoa enquanto caminhava começou a sentir-se com um peso.
Um peso que lentamente lhe tomava conta de todo o seu ser, começou a sentir que não conseguia alcançar o local, fez um esforço e prosseguiu.
Chegada lá, parou e nesse momento as pernas fraquejaram e sentou-se no chão. Então sentada no chão e enquanto tentava que as forças tomassem contada de si olhou em redor.
Momentaneamente nada a seduziu, nada a cativou, nada prendeu o seu olhar, então tentou perceber porque falavam dos tons e cores daquele local, quando nada o diferencia em relação aos outros locais não era notório.
Estava nesta confusão de pensamentos quando inadvertidamente roda a cabeça e olha, ao olhar sentiu por instantes que o sol entrava por entres folhas, ramos, troncos, flores, pedras, rochas, o vento era suave e constante, estava admirada com o que lhe começou a surgir na frente dos olhos. Então lentamente os seus olhos prenderam-se numa folha, seca e velha que lentamente começou a rodopiar e a fazer uma “ dança” no ar no chão, enquanto fazia lentamente caminhava para o infinito, lentamente caminhava para o horizonte e para o perder de vista.
Zásss, perdeu-se a folha e deixou de a ver. De repente acordou como que de um sonho começou a sentir que se sentia viva, com energia e que todo o cansaço que a antes tomará conta dela se tinha dissipado.
Percebeu então que só vemos e encontramos o que procuramos se nos dispusermos a tal que para isso outras coisas ficam e perdem-se pelo caminho – boas e más – escolhas e opções que fazemos, mas que é no desconhecido e no que não sabemos que está o nosso rumo e o nosso seguir em frente, pois o acomodar só provoca desconforto e esse instala-se e o pensar começa a deixar de existir e nós deixamos de ser nós /pessoas e passamos a ser nós/”objectos”.
Levantou-se e saiu dali …
e uma música soou na sua cabeça “A gentle Soul” - Devendra Banhart
9 comentários:
As coisas não nos surgem...precisamos de nos esforçar por irmos ao encontro delas.
Só se vive uma vez...nada se repete, cada escolha que se faz, mudará para sempre o rumo ao caminho que sulcas...!!!!
Até outra magia...
Cheers
"objectos" de pessoas.....
Excelente!!!!!!!!!!
Paulo
Gostei. Música óptima.
..."Então lentamente os seus olhos prenderam-se numa folha, seca e velha que lentamente começou a rodopiar e a fazer uma “ dança” no ar no chão...",
ainda bem que te deixaste levar pela dança da folha!
Adorei
Jhs
Escolhas, opções...
Determinam de forma marcante a nossa vida, o nosso percurso.
Gostei muito deste outro olhar..'.
Bjs
Qualquer dia ponho uma foto do devendra no meu blog!
http://photo-a-trois.blogspot.com/
mas para isso acontecer é necessário disponibilidade mental e nem sempre a temos por problemas internos/externos.
infelizmente, claro
Traçamos as nossas rotas, de colisão ou não, somos nós quem as traçamos.
Beijo
Maçã de Junho
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